CURRICULO, DIVERSIDADE E FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES.
- Edicarla Correia de Sá
- 17 de jan. de 2022
- 12 min de leitura
Atualizado: 18 de jan. de 2022
AULA REALIZADA NA DISCIPLINA: CURRÍCULO E DIVERSIDADE HUMANA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRASNCISCO
Boa noite, gostaria primeiramente de agradecer a professora Emilly pelo convite e oportunidade, é um imenso prazer estar com vocês, e dizer que este momento é uma roda de diálogo, portanto, sintam-se a vontade para realizar suas intervenções com perguntas ou complementações do que vamos compartilhar nesta noite.
Chamo-me Edicarla Correia de Sá, coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Cecentino Pereira Maia, em Filadélfia, mesma escola que professora Emilly também leciona, somos colegas de trabalhos e posso dizer que uma amiga, alguém em que confio. Sou pesquisadora colaboradora dos grupos de estudo GEEC, LAHAFRO e DIFEBA da Universidade do Estado da Bahia e do GEPEDUC da Universidade Federal de Minas Gerais. Minha titulação maior é Mestra em Educação e Diversidade pela UNEB.
Hoje comprometi-me conversar com vocês sobre Currículo e Diversidade, por mais que pareça palpável e concreto o currículo ele é muito mais subjetivo do que imaginamos, é móvel, pois se desloca no dia a dia em que cada aprendizado é compartilhado, porém por ser base ele se torna este lugar de sustento de ideologias e saberes historicamente construídos e organizados, mobilizados para atender o interesse da sociedade atual.
Contextualizando um pouco a 1ª grande lei educacional do Brasil, de 1827, quando ainda império, determinava que, nas “escolas de primeiras letras” meninos e meninas estudassem separados e tivessem currículos diferentes. Em matemática, as garotas tinham menos lições do que os garotos. Enquanto eles aprendiam adição, subtração, multiplicação, divisão, números, geometria, etc, enquanto as meninas não podiam ver nada além das 4 operações básicas, aulas de corte, costura, bordado e outras prendas domesticas. Nas aulas de português e religião, por outro lado, o conteúdo era o mesmo para todos, dentro da concepção de que mulheres são intelectualmente limitadas, perpetuando o machismo e a misoginia.
E por 300 anos foi um país em que a escravidão era a principal força motriz da economia, por três séculos, de 1550 até 1888, e pergunto a vocês, qual o resultado ou o que podemos esperar de um país que nasce e se desenvolve com feridas tão profundas na autoestima e na psiquê humana da maioria das pessoas que formam esta nação, homens e mulheres negras, pardas, os povos de floresta e mulheres? Como educar para a diversidade neste contexto atual em que a violência em suas diversas formas só é questionada se atinge a você e ao seu espelho? Se o tempo, ou a falta dele, é o principal motivo ou desculpa para o não comprometimento com a sua própria prática profissional? Com a sua própria formação?
Como equilibrar a formação, o trabalho, a família, a cura de seus traumas e de suas feridas, suas dores, com a necessidade de ainda manter a “positividade” e ter “uma boa energia”?
Elaborando esta aula de hoje pensei por diversas vezes se realmente estamos compreendendo o todo, ou pelo menos boa parte, da concepção de educar para a diversidade. Em minha experiência como professora, pesquisadora, coordenadora pedagógica, mulher, amiga, filha, vejo que muitos desafios ainda se arrastam ao longo da história, vejo as pessoas ainda interrogando-se as mesmas perguntas de outrora e reproduzindo os mesmos discursos em resposta.
Está claro que as circunstâncias hoje experimentadas diferem das experiências de gerações anteriores, o resultado da nossa história é uma geração que solicita de seus professores adaptações cada vez mais criativas e ágeis. Os conceitos e as práticas assumem, cada vez mais, um caráter efêmero e de possibilidades múltiplas. Neste sentido, a chamada “crise de paradigmas” atinge diretamente a educação, colocando em xeque valores e práticas, num forte movimento de desconstrução dos mesmos, de um lado, e de erguimento de novas concepções e práticas, de outro. Educadores e educadoras têm nos dado pistas sobre educar para a diversidade, trago como referência Bell Hooks e Paulo Freire neste momento.
Paulo Freire nos tensiona a pensa na escola não mais como um simples terreno para se tomar conhecimento e vive-lo e repetir a frase “eu conheço o chão da escola”. São territórios constituídos por sujeitos diversos que constroem culturas igualmente diversas, para que compreendendo este princípio, possamos assim começar a refletir sobre como colaborar para uma educação para todos/as, colaborar na construção do ser do outro. O Educador nos diz em Pedagogia do oprimido que:
Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a História em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo. Daí que insista tanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade (FREIRE, 2002, p. 58).
Quando o educador no ensina sobre gostar de ser gente, e entender que sua vida não é predeterminada, é uma pista sobre o nosso papel, ser educador é colaborar para construção de identidades individuais de sujeitos coletivos que sonham, que amam, que precisam entender que suas vidas podem ser modificadas pela sua mente que pensa e agir por si própria. Que o “destino” de cada aluno e aluno na sala de aula também é de minha responsabilidade enquanto “eu’ sujeito outro que habita, sorrir, transforma e politiza, também passa por gerações e gerações de pessoas que esperam de mim persistência.
Persistência que se na no esperançar de lutas diárias, pequenas, grandes, desafiadoras, não tão instigantes e espetacularmente surpreendentes. Complicadas por cálculos, imaginativas como a escrita livre ou o desbravar de novos relevos, conhecer de climas, regiões, vegetações e suas geografias.
Espera de cada um de nós a apresentação da história, a problematização de nossas vidas cotidianas, e que recusemos o determinismo de nosso futuro, por mais difícil que seja nossa realidade, quando um aluno ou aluna desiste de sonhar este é o maior fracasso que podemos observar. Quando em vez de propor novas possibilidades, reafirmamos sua falta de expectativa com frases do tipo “esse menino não presta para nada”, “essa menina não quer saber de nada”, “meu salário já está garantido, se vocês não querem nada da vida isso é problema de vocês”.
Padronizamos alunos quando não enxergamos suas feridas, somos frutos também desta educação, e não nego aqui o quanto é difícil para nós professoras e professores valorizar a heterogeneidade humana e romper com paradigmas arcaicos que contribuem para a desumanização dos sujeitos se eu própria, paralelo a minha professoralidade, tenho ainda aprendido a ser gente.
Devemos entender que ainda estamos, e a cada dia por todos os dias estamos a aprender a ser gente e esta é a pergunta chave que diariamente devemos fazer, que tipo de gente quero ser hoje? O que quero que os e as estudantes aprendam para colaborar com seu processo de amadurecimento, de tornar-se gente com o mundo?
[....] é sempre processo, e sempre devir, passa pela ruptura das amarras reais, concretas, de ordem econômica, política, social, ideológica etc., que nos estão condenando à desumanização. O sonho é assim uma exigência ou uma condição que se vem fazendo permanente na história que fazemos e que nos faz e re-faz.
Fácil se entregar ao fatalismo e dizer “a realidade é assim mesmo, não muda mais”, frase que expressa bem o fatalismo desta ideologia e sua indiscutível vontade imobilizadora. É exatamente por causa disto que se deve estar advertido do poder do discurso ideológico que tem o poder de persuasão indiscutível, visto que nos ameaça de anestesiar a mente, de confundir a curiosidade, de distorcer a percepção dos fatos, das coisas, dos acontecimentos.
Bell Hooks dizia que começava suas aulas pedindo que cada aluno se apresentasse, usava alguma dinâmica para que eles falassem sobre expectativas, sonhos, origem, ouvindo cada um para que todos soubessem que naquele espaço todos e todas teriam as mesmas oportunidades e igual importância para ela. Ensinava-nos ainda que precisávamos resgatar o entusiasmo da escola, ou como Paulo Freire diria a boniteza no ensinar e aprender. E isto passa pela atualização do currículo.
Não cabe mais fingir que a diversidade não existe mais, pois ela está aí, as pessoas precisam sentir-se igualmente valorizadas e que suas expectativas são potentes projetos.
Trago como exemplo a BNCC que traz em seu currículo grandes mudanças desde a educação infantil ao ensino médio. Nos primeiros anos da escolaridade é preciso que se trabalhe na sala de aula, interdisciplinarmente, todos os campos de conhecimento, valorizando a criatividade e a produção de cada sujeito, a compreensão de seu corpo e seus movimentos, os sons e cores, as transformações e assim por diante.
No ensino médio as mudanças também vieram para acrescentar a pesquisa, a extensão e a produção autoral com as novas disciplinas que já estão sendo efetivadas nos projetos políticos pedagógicos das escolas públicas em nosso país, as mudanças estão sendo gradativas e com a pandemia e a quarentena essa implementação do novo currículo está em atraso em muitas escolas. Na escola que trabalhamos, a professora Emilly e eu, desde 2019 já vivenciamos estas mudanças com as novas disciplinas: duas disciplinas eletivas uma na área de artes e cultura e outra na área de ciências. Uma disciplina intitulada projeto de vida que consiste na reflexão de si, do outro, seu lugar no mundo, suas expectativas e com o objetivo final construir seu projeto de vida. Na área de linguagens uma disciplina que se chama Produção textual, que foca na leitura, debate e escrita autoral. Na área de ciências e exatas a disciplina Iniciação Científica, que tem como foco a pesquisa, os passos iniciais para a introdução do conhecimento científico.
As disciplinas eletivas elas são construídas pelo próprio professor, conforme sua área de atuação e conhecimento. Como um curso de extensão. Além das mudanças mais recentes no currículo do Estado da Bahia, a inclusão das ACCs para complementação da carga horária de estudos.
No período de quarentena aproveitamos os momentos on line de Atividade Complementar, na escola que atuamos, para atualização do PPP, a inclusão das novas disciplinas, a reflexão sobre a importância e o papel de cada uma, pois havia ainda confusão sobre a disciplina eletiva da área de ciências e a de Iniciação científica, ou como se trabalhar projeto de vida, uma disciplina que atua nas subjetividades dos sujeitos, com suas expectativas e sonhos, como avaliar?
Vivenciamos também a escolha do livro didático, os livros não organizados por disciplinas, mas por área de conhecimento, para que assim possamos tornar mais efetiva e usual a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade dentro das práticas educativas, e não apenas como um texto que complementa do PPP da escola e o currículo.
Mudanças trazem desafios, uma quantidade maior de disciplinas no currículo significa que outras disciplinas perderão carga horária em seus cursos. Na sociedade do conhecimento rápido e global, essa disponibilidade de acesso a conhecimentos outros geraria maior ansiedade?
A utilização dos mesmos profissionais que atuam em suas áreas específicas para atuar em novos componentes sem a formação antecipada, e sim durante o processo de implementação, também é um dos desafios. O tempo de aula, também seria outro, são 50 minutos para o professor/professora entrar na sala, realizar chamada, introdução da aula, acalmar os ânimos de um tempo para outro, lidar com as entradas e saídas dos alunos, o que acaba restando apenas 30 minutos para ele realizar o seu trabalho.
Se olharmos apenas para os desafios não vamos perceber os artistas que surgem nos festivais de talentos das escolas, nos poetas e escritores que ganham prêmios, nos professores que publicam suas práticas em revistas científicas e tem seu trabalho reconhecido, nas escolas que realizam parcerias com universidades e torna possível alunos conhecerem de forma mais aprofundada astrofísica nuclear ou fórmulas matemáticas através da literatura por exemplo.
A escola é sim um dos principais aparelhos reprodutores da ideologia dominante, mas é também o lugar de vidas que recusam pré-determinismos e encontram nela uma válvula de escape de sua própria realidade, de suas feridas, um lugar seguro para cura, para o encontro, para risos, para pedir socorro, ou somente distrair-se, sim por que não. Ela é também o local onde podemos vislumbrar possibilidades, veículo para realização dos nossos sonhos.
Não podemos cair em fatalismos, perder a esperança, ou acreditara que esperançar é apenas aceitar as ‘coisas’ como são e não perceber as brechas que se apresentam nas duras realidades da escola pública brasileira. É preciso acreditar que mesmo dentro da carga horária excessiva, que chega muitas vezes a ser abusiva, ferindo a profissionalidade de educadores/as. Não apenas na escola pública, mas também nas escolas particulares, através dos baixos salários, carga horária excessiva, e silenciamento ou até mesmo apagamento da crítica dentro do espaço escolar.
Neste contexto, educar para a diversidade, para cada sujeito em sala de aula, antes de tudo é contribuir para a formação de pessoas, formação crítica, política, e entender que a escola não é o único espaço onde a educação acontece, entendendo isso, podemos dirimir a ansiedade de nos acharmos os únicos detentores do saber capazes dar prosseguimento aos aprendizados que por tanto tempo aprendemos.
Mas sim, facilitadores, que por meio da pedagogia do diálogo e da presença podemos contribuir, colaborar para a construção de uma compreensão maior da bagagem cultural que os estudantes trazem, através da crítica, para que ele possa desenvolver as habilidades necessárias para continuar sua jornada de aprendizagem.
Paulo Freire continua a nos ensinar:
O tempo que levamos dizendo que para haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo é o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria. Paulo Freire (1993, p. 10).
Percebo, que muitas vezes existe ainda aquela ansiedade e preocupação de ensinar o máximo de conteúdos possíveis, deixando às vezes deixando de perceber e dar lugar para valorização das vozes, corpos e habilidades da diversidade que existe na sala de aula. E até mesmo de externar seus pensamentos, talentos, vozes, cantos, gestos, movimentos e/ou performances.
Entender que somos estes sujeitos que precisam quebrar o tabu da perfeição, somos imperfeitos, erramos, precisamos perdoar e curar nossas feridas, através da escrita, da música, da leitura, nas diversas formas da arte ou outro caminho que cada um sinta que possa ali, em segurança, entender a si para entender ao outro.
E assim poder parar e ver que aquele do outro lado, a nossa frente, aquele outro, fomos nós um dia, tempos atrás. Atentos, dispersos, calados, falantes, envergonhados, tristes, felizes, quebrados ou inteiros, fomos nós e se estamos aqui hoje, é porque em algum momento um professor ou uma professora foi um motor propulsor de esperança, foi um incentivo para acreditar em nossa potencialidade, mesmo que pequena, mesmo que a educação não fosse nossa primeira escolha, ou primeira opção profissional, mas estamos aqui, é preciso portanto, assumir este papel, que é político, crítico, criativo, inventivo e empoderador.
Não cabe mais segregar, excluir ou legitimar discursos que vão contra nós mesmos, de acordo com Freire (2001, p. 85), “mulheres e homens se tornam seres ‘roubados’ se se-lhes nega a condição de partícipes da produção do amanhã”.
Se negamos ao outro a possibilidade que acreditar que eles podem ser agentes de transformação de suas próprias realidades através da educação, aquele aluno da EJA, das séries iniciais, que entra na escola, tardiamente, pode trazer para aquele coletivo de colegas e professores ensinamentos de vida, e compartilhar com os mesmo a alegria de aprender mais, de aprender não somente a ler, escrever, mas também de reescrever sua história, ao chegar em casa ele vai poder ler histórias para seus filhos, vai poder dizer o quanto a educação mudou a vida dele.
Houve um projeto de leitura na escola, antes da pandemia em 2019, uma tertúlia literária dialógica, os alunos levaram para casa livros literários de mesmo título para lerem e depois na data pré-determinada reunir-se em sala de aula para discutir sobre a leitura, sobre a experiência de leitura. O livro foi O Quinze de Raquel de Queiroz, uma das alunas ao compartilhar sua experiência disse que ao ler o livro, a mãe estranhou e perguntou que tipo de livro era aquele, tamanho, capa, diferente dos livros, a adolescente respondeu, que era um livro literário, que contava uma história, que a escola deu para ler em casa e dividir com os colegas e com a professora o que havia entendido. A mãe curiosa sobre a história pediu a filha que começasse a lê-lo em voz alta e ela disse, que acabou lendo todo o livro para a mãe, ela era analfabeta e era a primeira vez que estava tendo contato com a literatura. Foi emocionante, ela chorou, seus colegas e professora, todos que estavam ficaram emocionados, orgulhosos, comovidos, tocados pelas experiências que foram compartilhadas.
A educação pode mudar a vida de uma pessoa de formas que nem imaginamos, é preciso que não desistamos e não deixemos de entender que estamos a ensinar para todos, não para os melhores, para aqueles que sentam na frente, são quietinhos, fazem perguntas e sempre tiram 09 e 10 pontos. Ensinamos para todos. E é preciso encontrar equilíbrio entre a resiliência e a sagacidade, será preciso muitas vezes parar, respirar, tomar fôlego para continuar, para que assim não cairmos em ansiedade geradoras de desânimo, descrença e descompromisso.
Outro exemplo prático das mudanças atuais curriculares trazidas na BNCC é a disciplina de Educação Física, temos o entendimento sobre as práticas dessa disciplina, ações ligadas a práticas esportivas de alta intensidade de movimento, vôlei, futebol, ou esportes de tabuleiro, como o xadrez, na minha experiência escolar, a educação física dentro deste formato, a compreensão a história e funcionamento de uma prática esportiva como por exemplo o handebol ou futsal, logo após as aulas teóricas faríamos as práticas.
Atualmente, a BNCC orienta práticas com técnicas de respiração, reflexão, como Yoga, Pilates, práticas antes nem pensadas para a escola, precisamos entender que dentro de uma sociedade acelerada, ansiosa, que vive as sequelas de uma formação sócio histórica de dores diversas, é preciso encontrar momento para respirar, aprender ferramentas que colaborem para o seu processo de auto compreensão e autoconhecimento. Por isso disciplinas, como ditas antes, Projeto de vida, que foca na discussão sobre essa diversidade que existe no outro, em nós, e como em sociedade podemos nos perceber capazes de transformar a nós e a nossa realidade.
Para Marques, Marques (2003) o reconhecimento do outro como protagonista do teatro da vida constitui o vetor da mudança de paradigma. A comunhão com as diferenças é mais do que um simples ato de tolerância, é a afirmação de que a vida se amplia e se enriquece na multiplicidade. Ser diferente não significa mais ser o oposto do normal, mas apenas “ser diferente”. Este é, com certeza, o dado inovador: o múltiplo como necessário, ou ainda, como o único universal possível.
REFERÊNCIAS
MARQUES, Luciana Pacheco, MARQUES, Carlos Alberto. Do universal ao múltiplo: os caminhos da inclusão. In: LISITA, Verbena Moreira S. de S. e SOUSA, Luciana Freire E.C.P. (orgs.) Políticas educacionais, práticas escolares e alternativas
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002
IMAGEM ("Operários" de Tarsila do Amaral: disponível em: https://images.app.goo.gl/WjRLcAsPXfE7Drgw8

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